29 novembro 2006

Blame Canada

Havia perus nos EUA e nós fomos para o Canadá. Aproveitando o fim de semana de 4 dias, demos graças a umas férias que se tornariam muito boas. Voando para Seattle, alugou-se 2 carros para os 8 e cruzou-se a fronteira. Chegados a Vancouver cedo, jantar e copos... Gastown é a zona a sair. Blue Frog (tranquilo), Cambie (noite de estudante às 5as), Shine (up-scale tinha DJ Marky mas passámos) e Caprice (a disco-night em frente ao hostel). Na manhã de sexta, volta pela cidade e por Stanley Park. Depois rumo a norte, ponte suspensa de Capilano. Back to the USA... Seattle aguardava. Jantar no Mama's mexicano. A Mama morreu à 10 anos, com 97. Devia lá comer todos os dias. Depois volta pela Belltown e copos no Crocodile... Sentia-se que o Cobain e os outros tinham andado por ali. Sábado... Subiu-se ao Space Needle e fotografou-se o fotogénico Experience Music Project do Frank Gehry mesmo ao lado. Conduzir até ao centro e ver a biblioteca do Rem Koolhaas (o mesmo da casa da música). Linhas partidas por fora e cores vivas por dentro. Descemos até Portland. Dormimos no hostel Northwest e a noite foi por lá. Pitchers e burgers no Blue Moon. DJ porreiro incentivou à revolução. Dançámos mas não inspirámos... apenas alguns aderentes à causa. E amigos que nos convidaram para umas cervejas em sua casa. Gente porreira. Iniciado o regresso, passagem pelo vale do Columbia River e espreitadela nas Multnomah Falls. Chuva entre bolas de neve. Depois, a apoteose nas dunas do Oregão, com grandes ventos a acompanhar. O nevão e as correntes nos pneus atrasaram o regresso. Chegada às 8h para ir trabalhar. O dia não rendeu... Mas quem se importa com isso!

11 novembro 2006

be the riottt @ Bill Graham Civic Auditorium

Do fim para o princípio... The rapture foi festa boa. Deerhof vi pouco mas prometia. Metric teve momentos a lembrar a Goldfrapp que gostei. Breakestra foi funk de nivel. Explosions in the Sky destoavam no cartaz mas estão no pódio da noite. Houve muito hip-hop, Zion I bom e Sage Frances mau... Houve mais umas bandas de malta jovem de fugir... e houve Saul Williams! Um dos concertos da noite! Havia curiosidade que não ficou defraudada. Houve poder que surpreendeu! É ver um concerto de Prodigy com consciência social! Spoken word com beat que exorcisa a violência. Falhou do lado de cá... Público erudito não faz moche. Deviam! Acordem para o mundo!

The Red Vic Movie House

Acabou ontem uma trilogia que me introduziu ao Red Vic. O cartaz é uma sucessão de clássicos e raridades. Gerido pelos trabalhadores, vai mantendo a sua independência das grandes multinacionais.

Os filmes que vi, em ordem inversa...

KILL YOUR IDOLS... Embora eu defenda que a música é uma cultura do momento - há que consumir enquanto é fresca, seja o prazo de validade aquele que for - há que reconhecer o mérito de quem se expressando como queria, criou um estilo e concebeu arte, destruindo-a, e ainda capaz de inspirar jovens 20 anos depois. Ah... E mostrou-me gogol bordello. A descobrir.

MANHATTAN... A meu primeiro do Woody Allen. Ainda hoje uma referência. Vi pela primeira vez no grande ecrã.

A SKIN TOO FEW... Retrato intimista sobre o Nick Drake. Biografia completa com uma sensibilidade enorme. Foi um puto triste com grande talento. Antecedida pela curta Tripping with Caveh com o Will Oldham. É um gajo porreiro, mas o filme não é digno de registo.

06 novembro 2006

Aquí Te Amo

Aquí te amo
En los oscuros pinos se desenreda el viento.
Fosforece la luna sobre las aguas errantes.
Andan días iguales persiguiéndose.

Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
Una gaviota de plata se descuelga del ocaso.
A veces una vela. Altas, altas estrellas.
O la cruz negra de un barco.
Solo.
A veces amanezco y hasta mi alma esta húmeda.
Suena, resuena el mar lejano.
Este es un puerto.
Aquí te amo.

Aquí te amo y en vano te oculta el horizonte.
Te estoy amando aún entre estas frías cosas.
A veces van mis besos en esos barcos graves.
que corren por el mar hacia donde no llegan.

Ya me veo olvidado como estas viejas anclas.
Son más tristes los muelles cuando atraca la tarde.
Se fatiga mi vida inútilmente hambrienta.
Amo lo que no tengo. Estas tú tan distante.

Mi hastío forcejea con lentos crepúsculos.
Pero la noche llega y comienza a cantarme.
La luna hace girar su rodaje de sueño.
Me miran con tus ojos las estrellas más grandes.

Y como yo te amo, los pinos en el viento
quieren cantar tu nombre con sus hojas de alambre.

[Pablo Neruda]


Quantas coincidências ignorei. Esta deixo registada, porque calhou estar aqui...

Há momentos atrás, fui rever umas fotos de um passeio que fiz com o objectivo de retratar Lisboa para quando as saudades apertassem por cá. Durante o percurso fotografei esta parede da igreja de santo estevão e este habitante de Alfama que tornou a foto especial. Gostei das palavras e sobretudo de imaginar a história de quem por lá as deixou.
Há momentos atrás, dei inesperadamente com a origem de tal poema que desconhecia, e que recrio neste post. Encontrei-o procurando Mario Viegas, que me levou a Jorge de Sena, que me levou a Borges, que me levou a Neruda.
Entre ambos os momentos, um instante tão curto. E memórias infinitas.

... e pergunto-me se o poema ainda lá estará? No meu canto com vista para o Tejo.

03 novembro 2006

... com Oakland no horizonte

Uma noite em Twin Peaks. Uma foto que me saiu bem. Com amigos assim, é fácil! Da direita para a esquerda, Shant, Vanessa e Joana. San Francisco em baixo, a Lua cheia no cimo e Oakland do outro lado da baía. Tudo luz!

01 novembro 2006

Tin Foil


Wizard of Oz: As for you, my galvanized friend, you want a heart. You don't know how lucky you are not to have one. Hearts will never be practical until they can be made unbreakable. Tin Woodsman: But I still want one.


O Halloween lá passou... Entre tiros que não ouvi, 7 feridos que não conheci, e muito SFPD... Parti... Da multidão confusão para a banda surreal. Extra Action Marching Band @ 12 Galaxies. Brass and Drums. E muito hardcore. "San Francisco's favorite holiday!" diz muito...