29 julho 2006

Afrofunk Festival @ The Independent

Gosto do cheiro a catinga!

27 julho 2006

a scanner darkly


Fred: What does a scanner see? Into the head? Down into the heart? Does it see into me? Into us? Clearly or darkly? I hope it sees clearly because I can't any longer see into myself. I see only murk. I hope for everyone's sake the scanners do better, because if the scanner sees only darkly the way I do, then I'm cursed and cursed again.

Eu gostei... Mas o que prometeu muito foi a apresentação do novo do Michel "eternal sunshine" Gondry... la science des rêves.

26 julho 2006

De Stijl

Pieter Cornelis (Piet) Mondriaan, after 1912 Mondrian, (pronounced: Pete Moan-dree-on) (March 7, 1872–February 1, 1944) was a Dutch painter and an important contributor to the De Stijl art movement, which was founded by Theo van Doesburg. Despite being well-known, often-parodied, and even trivialized, Mondrian's paintings exhibit a complexity that belie their apparent simplicity. He is best known for his non-representational paintings (which he called compositions), consisting of rectangular forms of red, yellow, blue, or black, separated by thick, black, rectilinear lines. They are the result of a stylistic evolution that occurred over the course of nearly thirty years, and which continued beyond that point to the end of his life.
in http://en.wikipedia.org/wiki/Piet_Mondrian

...isso, ou como decorar uma parede branca sem gastar dinheiro.

24 julho 2006

Azul

A superfície da água vista de baixo é ainda mais bonita...
... mas a piscina estava suja e aqui não é obrigatório o uso de touca.

N Judah

O domingo começou na missa... Às 11h, no Tenderloin, ouviu-se gospel e soul na Glide Memorial Church. "When the power of love overcomes the love of power the world will know peace" Jimi Hendrix. Houve quem apelasse à generosidade dos ouvintes e até período para a publicidade com a enorme variedade de artigos de merchandise da igreja (...era escusado!). Depois o sermão, dirigido a todos os tipos de crença, orientação sexual ou raça. No fundo, não interessa em que deus acreditamos mas na 'forma' como cada um o sente... Falou-se de tomada de poder pelo povo, gritou-se contra a guerra e contrariar as probabilidades usando os próprios meios de que dispomos. Uma lição em religião, ao som de grande música. Jill Scott passou por lá no corpo de outra mulher.

De tarde, tempo para o teatro.
Entre Stand-up Comedy e improvisos, assim se descreveu satiricamente uma cidade que se afunda. Richter Scale, um grupo a ter em conta.

Depois... sem planos, o melhor dos planos. Apanho o N Judah. Sem saber para onde. Sair... Ainda não... Deixo-me ir. Até ao fim. O N percorre a Judah Av. até à praia de Ocean Beach. Está mais fresco do que no centro, mas a praia está cheia. Percorro o o areal pelo passeio. A norte, o caminho sobe e entra na floresta do presidio. Gostei de descobrir os trilhos que vão revelando a vista sobre um mar que se torna baía. E a Golden Gate ali ao fundo. Regresso... Apanho o 38 e troco para o 33 que me deixa no Mission Dolores Park. Abrigado do vento, o calor aqui é rei. Apresentava vestígios de ter estado lotado durante a tarde. Aqui e ali, uma ou outra baixa duma batalha com o alcool. Mas muita gente em festa, celebrando as cores do acabar de mais um dia que esteve quente. E os prédios da baixa escurecem ao fundo, por trás da missão espanhola.
As outras fotos foram tiradas da internet e esta é da minha primeira semana cá. Para actualizar é só substituir o desconhecido pelos amigos e o céu cinzento pelo azul, com tons de fim de tarde.

O Compositor Descalço

Há inúmeras possíveis justificações... Para mim, são semi-colcheias numa pauta eléctrica.

Nobody Beats Berkeley!

Pelo menos, é o que afirma a placa da matrícula da dodge grand caravan da Ana. Este sábado, andámos por lá a comprovar, apesar das altas temperaturas. Sendo uma cidade universitária, com 30.000 alunos, o final de Julho não é a altura ideal para sentir o verdadeiro palpitar da cidade, mas apesar disso convenceu. O campus universitário é enorme, e está repleto de espaços abertos para possíveis encontros casuais ou destinos de eventuais combinações. Não faltam cafés e restaurantes, lojas de CDs e livrarias. Consta que as associações de estudantes tiveram grande força e influência durante os grandes movimentos pela liberdade de expressão durante os 60s. Sobre a paisagem, espreita sempre o campanilho, torre copiada da praça de São Marcos em Veneza, mas em branco. Descemos a Telegraph Ave. Jantámos cedo. Junto à paragem de BART, concentração rítmica pseudotribal. Sempre boas vibrações. Ainda estava calor.

De volta a San Francisco, a noite quente exigia cerveja com o céu por cima. A escolha recaíu no Ina Coolbrith Park, Taylor-Vallejo. A conversa, substituiu a música. E a vista... essa preencheu os curtos silêncios.

As fotos foram tiradas pelo Shant.

20 julho 2006

even some yo-yos have a clutch!

Saab 900 SE turbo que conduzimos 50 minutos
todos os dias 'úteis' a caminho da Cisco (ao fundo)

O problema com a embraiagem do Saab ficou resolvido. Saudades da 4L ...


18 julho 2006

Yosemite Sams

Fim de semana passado no parque natural de Yosemite. Sequoias vertiginosas no início da tarde. Vivem 4600 anos. A mais velha que vimos tinha 3000. São altas. Vertigem. Depois seguimos o conselho que uma ranger e fomos dar um mergulho a 10 pés de altura para água gelada num sítio tourist free*. Sabe bem para cortar o calor e as multidões. Depois ainda tempo para ir ver a vista a Glacier Point ao pôr do sol. Imensa! Rocha, árvores e cascatas. Todas enormes! Depois jantar mexicano e cerveja entre os locais. Bud... que remédio. Gostei do ambiente no Oak Room. Muito sincero. Descrevia-se bem num conto decadente. Talvez um dia... Na manhã seguinte rumo à Vila. Brideveil Fall. Happy Isles. Mirror Lake, que de mirror e de lake já tem pouco. O gelo derrete na primavera e o caudal dos rios vai diminuindo até ao Verão. Voltámos para casa sem ter visto o Yogi Bear. Pena.


* Sair de Wawona rumo a norte, passar a ponte e virar à direita a caminho das Chilhualha Falls. Estacionar no Pine Street Market. Seguir a pé pela Yosemite Pines Road. Entrar na private property à esquerda pela estrada barrada com uma corda e descer.

Sonic Youth @ Fillmore

Foi sexta passada, dia 14. Muito "Rather Ripped"... Depois, só tempo para catholic block, pattern recognition, eric's trip, shaking hell e expressway to yr skull. Foram as que souberam melhor... e eu que nem desgosto do último.

14 julho 2006

ESG - Keep On Moving

ESG Keep on Moving on New Album
Nothing I say or write can express how fucking exciting it is that there's a new ESG album coming out. This is a band that was on both 99 and Factory Records back in the day, that was produced by Martin Hannett, that performed at the opening night of the Hacidenda and the closing night of the Paradise Garage, that played with the Clash, A Certain Ratio, Public Image, and Gang of Four, that's been sampled by Public Enemy, Big Daddy Kane, LL Cool J, and Marley Marl, that inspired generations of post-punkers. And now they're back to inspire some more.

The South Bronx sisters and their stripped-down, straight-up dance funk are back with Keep on Moving, set for release on July 3 on Soul Jazz Records. The family act now consists of original Scroggins sisters Renee, Valerie, and Marie, as well as Renee's daughter, Nicole, and Valerie's daughter, Chistelle. Doesn't your family seem lame now? Yeah, same here.

in http://www.pitchforkmedia.com/page/news/2006/5/22/


E mais... passaram pelo Lux a "06-01 Lisbon, Portugal - Lux" ! Alguém foi?!?!

... olha, olha! Não deixaram a MIA entrar nos EUA. Má onda! Dá-lhes MIA!

13 julho 2006

Onda Retro

Numa tentativa de recuperar o tempo perdido, início agora uma série de analepses. À medida que vou tendo disponibilidade, vou introduzindo posts com datas anteriores ao início deste blog relativos a eventos passados por cá. Vai ficar insuportável de ler... Mas fico com o registo.

Há eventos que não me lembro do dia e que gostava que ficassem registados. Um exemplo é a descoberta do Bean Bag Café. Fica aqui o tributo a esse espaço mesmo ao pé de casa. Foi o primeiro café de saco que gostei de beber por cá. Nessa manhã estava a precisar. O primeiro golo fez-me sentir vivo. Comparável àquele frio que sinto quando me bate o vento no largo em frente a casa, ou ao calor do Sol das manhãs tardias de fim de semana nas escadas de madeira que descem para o pátio.

11 julho 2006

Zeitgeist

@ Valencia/Duboce

A German term meaning "spirit of the time." It refers to the moral and intellectual trends of a given era.

Ontem de noite descobrimos este. O Shant leu que iam transmitir curtas experimentais no terraço. Não gostei da maior parte dos filmes, mas valeu pelo bom ambiente do bar. E pelo espírito da equipa que organiza a apresentação dos filmes.

The Scene
A black door featuring a skull-like parody of the Playboy bunny gives way to a shed-like interior. Punk-influenced tunes fill the spacious main room, where the focal point is the bar's approximately 30 draft beers (including Great White). Beneath a collage of signs (everything from "On the Air" to "Boobs Not Bombs"), friendly, tattooed bartenders chat with grizzled regulars (many of whom are art students). Further back, a small room holds a food counter, pool table and two pinball machines.

The Draw
The outdoor beer garden is the place to be on warm days and nights. Eucalyptus trees provide shade, and rows of picnic benches are surrounded by a colorful mural. This is the ideal destination for groups to gather and pass around pitchers of beer--a rarity in San Francisco bars. To newcomers, the decor may seem haphazard, but all elements strike the perfect balance.

10 julho 2006

Road Trip

Volto agora de umas férias pelo Sul da Califórnia. Saí de San Francisco rumo ao vale de Santa Bárbara. Os planos passavam pela total enebriação! O guia? O filme 'Sideways'. Decidimos beber... muito. Em estilo. Bom vinho... Dos melhores da Califórnia. Não desiludiram. Continuando para Sul passámos por LA. Nada a declarar. Ficámos em casa do Ruben, um amigo de amigos. Fomos com ele ver as vistas de Mulholland Drive. As luzes em linhas rectas que se cruzam e definem a baixa e as letras na colina sobre Hollywood. Depois fomos ao cinema nos estúdios da Universal. 3D, lágrimas e aplausos! Depois de passarmos pela praia de Malibu (zona balnear encéfalo-chique) seguimos até San Diego, com passagem por La Jolla. Bom ambiente jovem. Miradouro do Cabrilho, Pacific Beach no 4 de Julho e Balboa Parque. 4 de Julho. Todos saem para a praia. Muitas bandeiras. Muito alcool... Basicamente... Muito fogo de artifício, num país assim. A viagem prossegue. Rumo a Vegas, aproveitando a embalagem dos artifícios. Pelo caminho, paragem na Peggy Sue, diner à beira da estrada. 50s style. Chegámos de noite. Feira Popular gigante. Neon City. As pessoas nos casinos dividem-se entre gente com dinheiro para gastar, que o gasta sem remorsos, e os outros, que procuram alegria momentânea numa vida sem sentido. Um oriental, num campeonato de poker, gastava Franklins como quem come pevides. Uma mulher elegante solta expressões de euforia com o ouvir do tilintar das moedas que jorram de uma slot, para depois olhar em redor e, na ausência de companhia para a alegria, voltar ao triste pressionar repetitivo de um botão iluminado. Ninguém é feliz. Adeus Vegas. Rumo ao Grand Canyon. Levam-se expectativas. É inevitável. Não defrauda. Grande vista vasta. Imponente! Descemos. O destino era o rio Colorado que corre fino lá no fundo. Não devíamos descer e subir no mesmo dia, avisaram-nos. Por causa do calor. Estava fresco e decidimos arriscar. Descemos. Víamos longe nuvens tornar-se chuva e a chuva a inundar um vale. Descíamos. Depois outro vale era regado. Descíamos. A chuva mais perto. Decidimos voltar. A chuva aproxima-se. Já molha este desfiladeiro aqui. Apressamos o passo. Quase a chegar ao carro a chuva chega a nós. Ensopados mas contentes. Tentámos. Talvez numa próxima. Fomos secar para Sul, pelas estradas rectas do Arizona. A route 66 passa por ali. Terminámos na cratera deixada por um meteorito. Enorme buraco. Voltámos a tempo de ver o céu escurecer por entre imensos planos rochosos. O contraste vai diminuindo até todos se fundirem numa massa negra. Acima só estrelas. Acordar cedo. Voltar. O sol vai aparecer ali. O primeiro raio ilumina uma encosta. Depois outra. O Canyon vai-se revelando numa sucessão de planos. Uns mais distantes, outros menos. Um conjunto que faz uma grande vista. Vasta! Iniciando o percurso no sentido de casa, rumamos ao Death Valley. Ouvem-se os Sonic Youth no calor. Subimos e vimos a vista de Dante. Aqui a ausência de expectativas saiu a nosso favor. Uma imensidão deserta combatendo um deserto interior. Um mar de sal abaixo do nivel do mar. Um ar que queima. Corpos que aquecem. Guio-nos para fora dali. Estrada interminável. Dunas de areia. E heis que subimos. E heis que vem a chuva. Fria. Saímos para a chuva. Fria. Boa. E assim se acaba a viagem. Bem. Depois só estrada. Luzes que se aproximam e afastam e nos guiam a casa. San Francisco recebe-nos fria. Boa.

A nova rotina

Este blog já estava morto. Nasceu morto. Agora volto a ele, começando-o... Talvez nas cinzas de um outro. Apetece-me. Estou desorganizado e quero uma âncora. A vida passa. É suposto passar. Gostava de ficar com algo do que passou. As memórias justificam a vida? Definem-na?