Afrofunk Festival @ The Independent
Gosto do cheiro a catinga!

Pieter Cornelis (Piet) Mondriaan, after 1912 Mondrian, (pronounced: Pete Moan-dree-on) (March 7, 1872–February 1, 1944) was a Dutch painter and an important contributor to the De Stijl art movement, which was founded by Theo van Doesburg. Despite being well-known, often-parodied, and even trivialized, Mondrian's paintings exhibit a complexity that belie their apparent simplicity. He is best known for his non-representational paintings (which he called compositions), consisting of rectangular forms of red, yellow, blue, or black, separated by thick, black, rectilinear lines. They are the result of a stylistic evolution that occurred over the course of nearly thirty years, and which continued beyond that point to the end of his life.
Às 11h, no Tenderloin, ouviu-se gospel e soul na Glide Memorial Church. "When the power of love overcomes the love of power the world will know peace" Jimi Hendrix. Houve quem apelasse à generosidade dos ouvintes e até período para a publicidade com a enorme variedade de artigos de merchandise da igreja (...era escusado!). Depois o sermão, dirigido a todos os tipos de crença, orientação sexual ou raça. No fundo, não interessa em que deus acreditamos mas na 'forma' como cada um o sente... Falou-se de tomada de poder pelo povo, gritou-se contra a guerra e contrariar as probabilidades usando os próprios meios de que dispomos. Uma lição em religião, ao som de grande música. Jill Scott passou por lá no corpo de outra mulher.
De tarde, tempo para o teatro.
está cheia. Percorro o o areal pelo passeio. A norte, o caminho sobe e entra na floresta do presidio. Gostei de descobrir os trilhos que vão revelando a vista sobre um mar que se torna baía. E a Golden Gate ali ao fundo. Regresso... Apanho o 38 e troco para o 33 que me deixa no Mission Dolores Park. Abrigado do vento, o calor aqui é rei. Apresentava vestígios de ter estado lotado durante a tarde. Aqui e ali, uma ou outra baixa duma batalha com o alcool. Mas muita gente em festa, celebrando as cores do acabar de mais um dia que esteve quente. E os prédios da baixa escurecem ao fundo, por trás da missão espanhola.
Há inúmeras possíveis justificações... Para mim, são semi-colcheias numa pauta eléctrica.
O campus universitário é enorme, e está repleto de espaços abertos para possíveis encontros casuais ou destinos de eventuais combinações. Não faltam cafés e restaurantes, lojas de CDs e livrarias. Consta que as associações de estudantes tiveram grande força e influência durante os grandes movimentos pela liberdade de expressão durante os 60s. Sobre a paisagem, espreita sempre o campanilho, torre copiada da praça de São Marcos em Veneza, mas em branco. Descemos a Telegraph Ave. Jantámos cedo. Junto à paragem de BART, concentração rítmica pseudotribal. Sempre boas vibrações. Ainda estava calor.
De volta a San Francisco, a noite quente exigia cerveja com o céu por cima. A escolha recaíu no Ina Coolbrith Park, Taylor-Vallejo. A conversa, substituiu a música. E a vista... essa preencheu os curtos silêncios.

The South Bronx sisters and their stripped-down, straight-up dance funk are back with Keep on Moving, set for release on July 3 on Soul Jazz Records. The family act now consists of original Scroggins sisters Renee, Valerie, and Marie, as well as Renee's daughter, Nicole, and Valerie's daughter, Chistelle. Doesn't your family seem lame now? Yeah, same here.
in http://www.pitchforkmedia.com/page/news/2006/5/22/

Saí de San Francisco rumo ao vale de Santa Bárbara. Os planos passavam pela total enebriação! O guia? O filme 'Sideways'. Decidimos beber... muito. Em estilo. Bom vinho... Dos melhores da Califórnia. Não desiludiram. Continuando para Sul passámos por LA. Nada a declarar. Ficámos em casa do Ruben, um amigo de amigos. Fomos com ele ver as vistas de Mulholland Drive. As luzes em linhas rectas que se cruzam e definem a baixa e as letras na colina sobre Hollywood. Depois fomos ao cinema nos estúdios da Universal. 3D, lágrimas e aplausos! Depois de passarmos pela praia de Malibu (zona balnear encéfalo-chique) seguimos até San Diego, com passagem por La Jolla. Bom ambiente jovem. Miradouro do Cabrilho, Pacific Beach no 4 de Julho e Balboa Parque. 4 de Julho. Todos saem para a praia. Muitas bandeiras. Muito alcool... Basicamente... Muito fogo de artifício, num país assim. A viagem prossegue. Rumo a Vegas, aproveitando a embalagem dos artifícios. Pelo caminho, paragem na Peggy Sue, diner à beira da estrada. 50s style. Chegámos de noite. Feira Popular gigante.
Neon City. As pessoas nos casinos dividem-se entre gente com dinheiro para gastar, que o gasta sem remorsos, e os outros, que procuram alegria momentânea numa vida sem sentido. Um oriental, num campeonato de poker, gastava Franklins como quem come pevides. Uma mulher elegante solta expressões de euforia com o ouvir do tilintar das moedas que jorram de uma slot, para depois olhar em redor e, na ausência de companhia para a alegria, voltar ao triste pressionar repetitivo de um botão iluminado. Ninguém é feliz. Adeus Vegas. Rumo ao Grand Canyon. Levam-se expectativas. É inevitável. Não defrauda. Grande vista vasta. Imponente! Descemos. O destino era o rio Colorado que corre fino lá no fundo. Não devíamos descer e subir no mesmo dia, avisaram-nos. Por causa do calor. Estava fresco e decidimos arriscar. Descemos. Víamos longe nuvens tornar-se chuva e a chuva a inundar um vale. Descíamos. Depois outro vale era regado. Descíamos. A chuva mais perto. Decidimos voltar. A chuva aproxima-se. Já molha este desfiladeiro aqui. Apressamos o passo.
Quase a chegar ao carro a chuva chega a nós. Ensopados mas contentes. Tentámos. Talvez numa próxima. Fomos secar para Sul, pelas estradas rectas do Arizona. A route 66 passa por ali. Terminámos na cratera deixada por um meteorito. Enorme buraco. Voltámos a tempo de ver o céu escurecer por entre imensos planos rochosos. O contraste vai diminuindo até todos se fundirem numa massa negra. Acima só estrelas. Acordar cedo. Voltar. O sol vai aparecer ali. O primeiro raio ilumina uma encosta. Depois outra. O Canyon vai-se revelando numa sucessão de planos. Uns mais distantes, outros menos. Um conjunto que faz uma grande vista. Vasta! Iniciando o percurso no sentido de casa, rumamos ao Death Valley.
Ouvem-se os Sonic Youth no calor. Subimos e vimos a vista de Dante. Aqui a ausência de expectativas saiu a nosso favor. Uma imensidão deserta combatendo um deserto interior. Um mar de sal abaixo do nivel do mar. Um ar que queima. Corpos que aquecem. Guio-nos para fora dali. Estrada interminável. Dunas de areia. E heis que subimos. E heis que vem a chuva. Fria. Saímos para a chuva. Fria. Boa. E assim se acaba a viagem. Bem. Depois só estrada. Luzes que se aproximam e afastam e nos guiam a casa. San Francisco recebe-nos fria. Boa.